De uma caverna à grandeza
“Aquele que nunca falhou em algum momento, esse não pode ser grande. O fracasso é a prova da grandeza.” Theodore Roosevelt
Quando somos crianças, o fracasso não nos afeta muito. Um menino de um ano, a começar a andar e a cair vezes sem conta, não deixa de tentar andar. Ele não pensa: “Vou ficar a gatinhar para sempre porque aprender a andar dá muito trabalho e envolve muitas quedas.”Mas à medida que crescemos, começamos a ter medo de falhar e, muitas vezes, preferimos evitar o fracasso em vez de aprender a andar. Sabias que, para algumas pessoas, o fracasso faz parte da vida, mas para outras é paralisante?
Todos nós passamos por falhas, e a maioria de nós não gosta de falhar. Mas, para alguns, o fracasso é uma oportunidade de aprendizagem, um impulso para se comprometer com mais força e desenvolver coragem. Para outros, o fracasso traz derrota, desalento, perda de esperança, vontade de se esconder e até uma decisão interior de nunca mais tentar.
A forma como percebes e respondes ao fracasso faz uma diferença enorme na tua vida.
Muitos — senão todos — os grandes homens e mulheres de Deus passaram por fracassos e saíram deles vitoriosos. Hoje falaremos, pelo menos, de três.
Definindo “a caverna” A caverna é o lugar onde acabas quando os teus sonhos e planos são arrancados de ti de forma repentina. É o lugar onde percebes que esperavas fazer grandes coisas — ter uma boa família, um bom emprego, uma vida abençoada… — mas vês que nada correu como imaginaste.Talvez estejas numa caverna por decisões erradas que tomaste. Ou por causa de circunstâncias fora do teu controlo. Ou talvez por uma mistura dos dois. Mas pergunta-te: Será que te identificas com alguma destas razões para te encontrares na caverna?
Perdeste o emprego, a tua família está sob grande pressão, perdeste alguém que amavas, uma relação terminou, estás doente ou sentes-te completamente sozinho?
Mesmo que hoje não estejas numa caverna, este texto também é para ti. Porque mais cedo ou mais tarde, todos passamos por lá. Ninguém planeia acabar numa caverna, mas mais dia, menos dia, passamos lá “férias”. O mais difícil da caverna é começares a questionar se Deus se esqueceu de ti.
Esqueceu-se das Suas promessas? Sabe Ele onde estou? Será que algum dia vou sair daqui, ou vou morrer nesta caverna?
Há uma lição que precisas aprender:
A caverna é onde Deus faz alguns dos Seus melhores trabalhos ao moldar vidas.
É ali que tens de descobrir que Ele é suficiente.
Quando os teus medos se confirmam e percebes que és mesmo limitado, experimentas a liberdade de aceitar isso. E mais: descobres que é precisamente na tua fraqueza que Deus quer agir com o Seu poder. Na caverna é onde encontras Deus. Porque é ali que Ele faz o Seu melhor trabalho em ti.
David e a sua caverna: David sabia bem o que era falhar. Passou quase dez anos a fugir para salvar a vida no deserto. Do ponto de vista humano, parecia que as promessas de Deus para ele nunca se iam cumprir. Mas foi na caverna que David aprendeu a “fortalecer-se no Senhor seu Deus” (1 Samuel 30:1-6). Aprendeu a lidar com o fracasso enfrentando com sinceridade o seu desânimo e tristeza (Salmo 142:1-2).
Sabias que, mesmo em tempos de fracasso, podes abrir o teu coração diante de Deus?
Podes lamentar, chorar, clamar, gritar a tua dor. Alguns escondem o fracasso. Outros disfarçam com sorrisos. Mas falhar não é motivo de vergonha.
Falhar não faz de ti um fracassado — só significa que passaste por uma experiência de fracasso.
Quando David se fortaleceu em Deus, aprendeu outra lição:
Tenho de agir. Tenho de fazer algo. Vou procurar a vontade de Deus. Vou dar um passo.
David levantou-se e foi buscar respostas.
Quando estamos a lidar com um fracasso, o pior que podemos fazer é… nada.
Ficar parado dentro da caverna não é solução.
Quando tomamos a ação certa, tiramos ao fracasso o poder de nos prender. David não pensou:
“Pronto, parece que vou viver nesta caverna para sempre. Mais vale habituar-me. Deixa-me fazer aqui uma cama, decorar isto… Afinal, não me surpreende que tudo tenha corrido mal. Sempre fui um falhado.”
Não. Nunca.
O fracasso deve ser o teu maior motivador. A dolorosa experiência do fracasso pode ser o impulso mais forte da tua vida.
“Correr a melhor corrida possível, dar tudo de ti e vencer… isso é glorioso. Correr a corrida, dar o teu melhor e perder… dói, mas não é fracasso.
Fracasso é recusar-se a correr.”
Outra lição da caverna: é o lugar onde aprendes com o fracasso. Porque o fracasso está ligado à aprendizagem. Tentar e falhar, aprender com isso e tentar outra vez, é melhor do que esperar pela perfeição logo na primeira tentativa.
A caverna é onde aprendemos com os erros e seguimos com os planos de Deus.
Elias e a sua caverna: Houve um dia em que Elias também se encontrou numa caverna. Ele tinha sido um profeta poderoso. Tinha enfrentado e vencido 400 falsos profetas. A chuva parou por sua palavra.
Mas, de repente, foi dominado pelo medo — um medo que não soube controlar — e passou a ver-se a si mesmo como um fracassado.
E Deus olhou para ele… e foi ter com ele.
Deus ignorou a versão pessimista de Elias e mandou um anjo com pão fresco e descanso.
Sabes como Deus o tratou? Como trata a nós, nestes momentos. Como uma criança cansada e desorientada:
“Come este pão, dorme um pouco, e depois falamos.” Elias levantou-se, continuou o caminho, nem agradeceu… e foi esconder-se numa caverna.
Mas algo maravilhoso aconteceu: um sussurro suave revelou a presença de Deus. E nesse sussurro, Deus perguntou:
“O que fazes aqui, Elias?” Notaste? Deus não perguntou “o que fazes ali?”, mas sim “aqui”.
Porque Deus estava com Elias na caverna.
Não é difícil acreditar que Deus está presente nas vitórias.
Elias sabia que Deus estava lá quando o fogo desceu do céu, quando os falsos profetas foram derrotados, quando o filho da viúva ressuscitou, quando ele correu mais do que os cavalos. Mas… Deus numa caverna? Deus ao lado dele, quando se sentia sozinho e acabado?
Mais uma lição da caverna: é um lugar maravilhoso para descobrir que és amado por Deus. Uma das maiores bênçãos do fracasso é saber que somos amados e valorizados por Deus… mesmo no meio da caverna.
Quando estamos na caverna, muitas vezes não há ação humana que nos tire de lá.
Há coisas que não consegues resolver, nem curar, nem evitar. E tudo o que podes fazer… é confiar.
Confiar significa refugiar-te n’Ele, mergulhar na Sua presença, confiar na Sua bondade, render-te ao Seu senhorio, até perceberes que até a caverna é um lugar seguro — porque Ele está contigo ali.
Talvez tenhas de passar algum tempo na caverna, mas acredita: mesmo no meio da escuridão e do frio da caverna, tu não estás sozinho.
No início deste texto, disse que falaria de três pessoas que passaram por cavernas. Já falei de duas. Faltava a terceira.
Não me esqueci.
O terceiro é Jesus.
Jesus sabe melhor do que David ou Elias o que é estar numa caverna.
Ele deixou a segurança, a glória, a Sua posição. Perdeu amigos, perdeu a vida… e com ela, aparentemente, morreram os sonhos e tudo o que inspirou. Uma palavra que muitos diriam? Fracasso.
O Seu corpo foi colocado numa caverna.
Grande erro. O Seu corpo ficou lá três dias… mas a caverna não pôde retê-Lo.
Esqueceram-se de que Deus faz os Seus melhores trabalhos… em cavernas.
Foi ali, naquela caverna, que Deus ressuscitou o que estava morto.
Conclusão Não sei em que caverna estás hoje: desemprego, casamento em crise, filhos que falharam contigo, sonhos quebrados, noites longas de espera…
Mas uma coisa sei: tu não és um fracassado. Apenas passaste por uma experiência de fracasso. E Deus ainda faz os Seus melhores trabalhos em cavernas.
Pastor Humberto Castillo – En Su Presencia Canarias
ESPAÑOL
DESDE UNA CUEVA A LA GRANDEZA
“Aquel que nunca ha fracasado en algún momento, ese no puede ser grande. El fracaso es la prueba de la grandeza”. Theodore Roosevelt
Cuando somos niños, el fracaso no parece afectarnos. Un niñito de un año, comenzando a caminar y cayéndose una y otra vez, no deja de caminar. No razona: “Me quedaré gateando toda la vida porque aprender a caminar está lleno de intentos y fracasos”.
Sin embargo, a medida que crecemos, nos asustamos del fracaso y muchas veces preferimos evitarlo antes que aprender a caminar. ¿Sabías que para algunas personas el fracaso es parte de la vida, pero para otras es paralizante? Todos experimentamos fracasos, y a la mayoría no nos gusta fracasar. Pero para algunos, el fracaso es un impulso para un nuevo aprendizaje, comprometerse con más fuerza y desarrollar valentía. Para otros, el fracaso produce derrota, un profundo desaliento, pérdida de esperanza, un deseo de esconderse, y una resolución secreta de nunca más volver a intentarlo.
La manera en que percibas y respondas al fracaso hará una diferencia enorme en tu vida.
Muchos, si no todos, los grandes hombres y mujeres de Dios han experimentado el fracaso y han salido de él triunfantes. Hoy hablaremos, por lo menos, de tres.
Definiendo “la cueva”
La cueva es donde terminas cuando tus metas y sueños te son arrancados súbitamente. Es donde te encuentras cuando pensabas que ibas a hacer grandes cosas: tener una gran familia, un buen empleo, una buena vida… pero acabas de darte cuenta de que no salió como lo soñaste. Quizás estás en la cueva por decisiones tontas que tomaste, o quizás como resultado de circunstancias que no pudiste controlar, o por una combinación de ambas. Pero te pregunto:
¿Podrías señalar algunas de las siguientes razones para hallarte en la cueva?
Perdiste tu empleo, tu familia está bajo enormes presiones, perdiste a un ser querido, se rompió una relación, estás enfermo o sencillamente estás completamente solo.
Si no estás en ninguna cueva, igualmente este mensaje es para ti. Espera un poco, porque seguramente en algún momento te hallarás en una.
Nadie planea terminar en una cueva, pero tarde o temprano pasarás unas “vacaciones” allí. Lo más difícil de estar en la cueva es que comienzas a preguntarte si Dios ha perdido la pista de dónde estás. ¿Se olvidó de Sus promesas? ¿Sabe Él dónde estoy? ¿Saldré de esta cueva algún día, o moriré aquí?
Necesitas aprender una gran lección:
La cueva es donde Dios realiza uno de sus mejores trabajos al moldear vidas humanas. Es allí donde tendrás que descubrir que Él es suficiente.
Cuando tus temores de ineptitud se confirman en tu vida y descubres que realmente eres incapaz, experimentas la liberación de comprender que está bien ser incapaz, y que precisamente Dios quiere que Su poder fluya a través de tu debilidad.
En la cueva es donde encuentras a Dios, porque es allí donde Él hará Su mejor trabajo en ti.
David y su cueva: David sabía lo que era el fracaso. Pasó cerca de diez años corriendo por su vida en el desierto. Desde la perspectiva humana y natural, parecía que las promesas de Dios para él nunca se realizarían.
Aprendió allí, en la cueva, a “fortalecerse en Jehová su Dios” (1 Samuel 30:1-6). Aprendió a lidiar con sus fracasos enfrentando honestamente su desaliento y su desánimo (Salmo 142:1-2).
¿Sabías que en medio de tu fracaso se te permite quejarte ante Dios? ¿Lamentarte? ¿Clamar y gemir? ¿Gritar tu dolor?
Algunos esconden el desaliento y el fracaso; otros lo disfrazan con falsas sonrisas. Pero fracasar no tiene que avergonzarte. Fracasar no te hace un fracasado, solo has tenido una experiencia de fracaso.
Cuando David se fortaleció en Dios, aprendió otra lección en medio de su cueva: Tengo que tomar acción. Algo debo hacer. Buscaré la voluntad de Dios. Buscaré qué paso debo dar. David se levantó y buscó respuestas. Cuando estamos preocupados por algún fracaso, lo más destructivo que podemos hacer es no hacer nada. Quedarse dentro de la cueva, ahogándose, no es la mejor alternativa.
Cuando tomamos la acción correcta para enfrentar nuestra cueva —nuestro fracaso—, le estamos robando el poder que dicho fracaso tiene sobre nosotros.
David nunca pensó: “Bueno, parece que viviré el resto de mi vida en esta cueva. Mejor es que me vaya acostumbrando. Déjame preparar una cama y adornar bien mi cueva. Después de todo, no me sorprende que las cosas no me hayan salido como me dijeron. Después de todo, soy un fracasado”.
No. No. El fracaso debe ser tu mayor motivador.
La dolorosa experiencia del fracaso puede ser el mayor motivador de tu vida. “Correr la mejor carrera que tú puedas, entregarle todo lo mejor de ti a esa carrera y ganar… eso es glorioso.
Correr la carrera, dar lo mejor de ti y perder… eso es doloroso, pero no es fracaso.
Fracaso es negarte a correr la carrera.”
Otra lección de la cueva: tomar el tiempo y tener el valor de aprender del fracaso, porque el fracaso está atado al aprendizaje. Tratar y fracasar, aprender del proceso y tratar otra vez, resulta mejor que esperar por la perfección total en el primer intento. La cueva es donde podemos aprender del fracaso y seguir los planes de Dios.
Elías y su cueva: Un buen día, Elías se encontró en una cueva. Había sido un profeta exitoso. Asesinó a 400 profetas paganos y se detuvo la lluvia por tres años por su solo mandato.
De repente, le sobrecogió el temor —un temor que no supo manejar— y, a sus propios ojos, se vio como un fracasado.
Dios lo contempló… y lo siguió.
Dios ignoró su versión de los hechos y le encargó a un ángel panadero que le preparara una exquisita torta, se la llevara y lo dejara dormir.
¿Vieron cómo lo trató Dios? Como nos trata a nosotros en las mismas circunstancias. Como a niños malcriados:
“Cómete este refrigerio, toma una siesta y hablaremos cuando estés más repuesto.”
Elías se levantó, siguió su camino, no le dio ni las gracias a Dios, y para colmo se metió en una cueva.
Pero algo maravilloso ocurrió: un silbido apacible reveló a Dios. Y en ese silbido, Dios le preguntó:
“¿Qué haces aquí, Elías?” ¿Te diste cuenta? No le preguntó: ¿qué haces allí?, sino aquí.
Dios estaba con Elías en la cueva.
No es extraño creer que Dios está en tiempos de grandes éxitos y victorias.
Elías estuvo seguro de que Dios estuvo en el fuego que consumió el holocausto en el Monte Horeb, cuando destruyó a los profetas, cuando revivió al hijo de la viuda o cuando corrió más rápido que una carreta de caballos.
Pero… ¿Dios en una cueva? ¿Dios junto a él cuando estaba solo y abandonado?
Otra lección de la cueva: es un lugar maravilloso para descubrir que eres amado por Dios. Uno de los grandes regalos del fracaso es que reconocemos que somos amados y valorados por Dios precisamente cuando estamos en la cueva del fracaso.
Cuando estamos en la cueva, muchas veces —si no todas— no hay acción humana capaz de sacarnos de allí.
Hay algo que no puedes arreglar, que no puedes sanar, de lo cual no puedes escapar, y lo único que puedes hacer es confiar en Dios.
Confiar en Él significa refugiarte, sumergirte en Su presencia, convencido de Su bondad, entregado a Su señorío, de tal manera que te des cuenta de que, aun la cueva, es un perfecto lugar donde estar… porque Él está allí contigo.
Quizás pasarás algún tiempo en tu cueva, pero ten por cierto que en medio de la oscuridad y la frialdad de la cueva, no estás solo.
Al inicio del mensaje te dije que hablaría de tres personajes que estuvieron en cuevas, y estoy concluyendo, pero aún no he señalado quién es ese tercero.
No, no me he olvidado.
El tercero es Jesús:
Jesús supo mucho mejor que Elías y David lo que es estar en una cueva.
Dejó su seguridad, su estatus y su posición. Perdió amigos, perdió Su vida y, con ello, aparentemente morían Sus sueños y todo lo que había inspirado. Una palabra para describirlo: fracaso.
Pusieron Su cuerpo en una cueva… Grave error. Su cuerpo estuvo allí tres días, pero no pudieron retenerlo. Se olvidaron de que Dios realiza Sus mejores trabajos en cuevas.
Es allí donde Dios resucita las cosas muertas.
Conclusión
No sé en qué cueva estás hoy y ahora: trabajo perdido, matrimonio fracasado, hijos que te han fallado, sueños rotos, largas noches de esperA
No eres un fracasado, solo estás pasando una experiencia de fracaso.
Todavía Dios realiza Sus mejores trabajos en cuevas.
Pastor Humberto Castillo – En Su Presencia Canarias